Conheça as cidades mais antigas da Paraíba

 Entre as cidades mais antigas da Paraíba, Campina Grande é a segunda mais populosa e Sousa carrega um importante papel histórico, muito antes da colonização portuguesa.

No nordeste brasileiro encontramos uma belíssima costa tropical, com área de 56.467 km² de extensão, a Paraíba é considerada o sétimo menor estado do Brasil.


Embora pequena, o seu tamanho não condiz com a extensão da sua importância. Os municípios da Paraíba carregam em seu D.N.A grande parte da história da colonização brasileira.  


Entre as cidades mais antigas da Paraíba, a capital, João Pessoa, é considerada a terceira mais longeva do país, com 437 anos, somente atrás de Salvador e Rio de Janeiro. Em 1585, a partir do Forte do Castelo, nasceu a cidade mais populosa da Paraíba. 

Mais de 437 anos depois, João Pessoa continua sendo a cidade mais populosa da Paraíba, com mais de 800 mil habitantes segundo o IBGE.


Para quem procura por turismo na Paraíba, João Pessoa consegue unir pontos turísticos históricos com uma beleza natural de tirar o fôlego, como a Praia do Cabo Branco, por exemplo, localizada a 7,3 km do marco zero da capital.


As três fases de João Pessoa


Dentre as cidades mais antigas da Paraíba, João Pessoa é repleta de momentos marcantes. Em 1585, por exemplo, a Coroa Portuguesa chegou à região com a intenção de selar a paz entre os povos nativos, Tabajaras, e os portugueses.


Segundo o escritor e historiador Wellington Aguiar, foi só no final de 1585, através de Martim Leitão, que a cidade foi ganhando forma. Entretanto, a paz durou pouco, o conflito agora não seria com os Indígenas Tabajaras, mas com os holandeses que tomaram João Pessoa em 1635 e se manterão no domínio da região até 1655. 


20 anos depois, após o domínio Holandês, comandado por Vidal de Negreiros, os portugueses conseguiram retomar o poder da região. Mais de 200 anos depois, em 1930, após a morte de João Pessoa, foi aprovada a nova denominação da cidade, que continua até os dias de hoje.

Pilar, a terceira entre as cidades mais antigas da Paraíba

Após o tratado de paz entre os portugueses e os indígenas, o processo de expansão territorial cresceu exponencialmente. 


Porém, o processo de desenvolvimento só aconteceu no século XVI quando os holandeses encontraram algumas fazendas de gado.


Em janeiro de 1765, Pilar ganhou o seu título de vila, porém, somente em 1985 que Pilar finalmente se tornou um município paraibano. 


Ao contrário de João Pessoa, Pilar é um dos menores municípios paraibanos, com cerca de 13 mil habitantes. Embora seja uma cidade esquecida, Pilar carrega um grande peso histórico, como a visita de Dom Pedro II em 1859.


Todavia, a maior glória do município de Pilar é ter sido berço de um dos maiores escritores brasileiros, José Lins do Rego (1901 – 1957) que escreveu obras, como: Menino do Engenho, Doidinho, Usina, Pedra Bonita, entre outras.

Campina Grande é a segunda cidade mais populosa da Paraíba


Localizada a 140 km da Capital João Pessoa, Campina Grande é atualmente a segunda cidade mais populosa da Paraíba, com mais de 400 mil habitantes.


Com a expansão territorial dos portugueses e holandeses, o município começou a sua colonização em 1697. Já em 1769, a cidade ganhou o título de freguesia e em 1790 foi elevada a vila. Hoje em dia, Campina Grande é reconhecida principalmente pela sua importância no desenvolvimento não só do estado, mas do país. 


Mesmo distante da Capital, Campina Grande teve grande destaque, principalmente na cultura do algodão, que impulsiona a região até os dias de hoje.


Através da produção de algodão, a cidade impulsionou outras regiões da Paraíba, fazendo com que a mesma se tornasse a segunda maior exportadora de algodão do planeta.


Séculos depois, Campina Grande ainda mantém toda a sua história, e hoje é considerada a segunda maior cidade do interior nordestino, ficando atrás somente de Feira de Santana, Bahia. Até os dias de hoje, o município vive principalmente da agricultura, como feijão, mandioca, milho e algodão.


Assim como João Pessoa é o polo do turismo na Paraíba, Campina Grande possui toda a estrutura necessária para receber visitantes, além de diversos pontos históricos, como o Centro Histórico de Campina Grande, tombado pelo estado da Paraíba.


Pela BR-230, que liga João Pessoa até Campina Grande, ao chegar próximo à cidade, já é possível visualizar o Açude Velho, patrimônio histórico da cidade. Além de hotéis e restaurantes, o local preserva a sua história e representa parte dela em estátuas, como a do Luiz Gonzaga, mais conhecido como o Rei do Forró.


Entrando um pouco mais na cidade, é possível visualizar o Museu do Algodão, instalado na antiga estação ferroviária.


Sousa – Jardim do Rio Peixe

Localizada no Sertão da Paraíba, Sousa, batizada de Jardim do Rio Peixe pelo Capitão José Gomes de Sá, é um dos principais municípios paraibanos. 

Administrada pelo seu fundador Bento Freire de Sousa até 1765, o lugar foi batizado de “Jardim do Rio Peixe” por ser banhado pelo rio que leva o mesmo nome.


Mesmo naquela época, estar no Sertão Nordestino não afetou o desenvolvimento da cidade que, até os dias de hoje, possui uma terra fértil, ideal para a agricultura.


Ainda em 1730, há relatos que já haviam 1468 pessoas morando em Sousa, e em 1769 o município foi elevado a vila. Embora não seja chamada de Jardim do Rio Peixe, Sousa carrega o nome do seu administrador, Bento Freire de Sousa.


Sousa está entre as cidades mais antigas da Paraíba, porém, o seu papel histórico é muito antes da colonização portuguesa. Atualmente, Sousa possui um dos maiores e mais importantes sítios arqueológicos do país, com diversas pegadas e espécies de dinossauros fosilizados. 


Além do Vale dos Dinossauros, Sousa é conhecido pelo Centro Cultural do Banco do Nordeste, Estátua Frei Damião e o Memorial Antônio Mariz.

De carro, Sousa fica a 480 quilômetros da capital. 


Para quem busca por Turismo na Paraíba, é possível fazer uma viagem histórica de João Pessoa até Pilar, Pilar até Campina Grande e posteriormente, uma viagem de 302 km até Sousa. Uma viagem longa, porém, praticamente em linha reta, de uma ponta a outra.


Uma linha reta que retrata com detalhes a história, a cultura e a importância dos municípios paraibanos para o desenvolvimento do Brasil como conhecemos atualmente, mais de 500 anos depois, desde a chegada dos portugueses. 

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