Prefeito de Chapecó ameaça internação para quem levar bebê reborn a unidade de saúde

João Rodrigues critica prática e promete medidas firmes contra uso indevido dos serviços de saúde

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), manifestou publicamente sua indignação após relatos de que moradores teriam levado bebês reborn – bonecos hiper-realistas – para atendimento em unidades de saúde do município.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Rodrigues foi direto: “Se chegar de novo com um boneco no postinho, não vai ter médico. Vai direto para internação involuntária”, afirmou.

O que são os bebês reborn?

Os chamados bebês reborn são bonecos criados com aparência extremamente realista, semelhantes a recém-nascidos. São usados por colecionadores, como suporte emocional ou terapia, especialmente por pessoas que enfrentaram perdas gestacionais ou luto.

No entanto, a prática de levar esses bonecos para postos de saúde em busca de atendimento médico tem gerado polêmica e reações duras por parte de autoridades e profissionais da saúde.

Chapecó e a saúde pública

Chapecó é um dos maiores municípios do Oeste de Santa Catarina, com mais de 250 mil habitantes. A cidade possui uma ampla rede de unidades de saúde e centros especializados.

A atual administração tem investido em melhorias no sistema de saúde e reforçado campanhas pelo uso consciente dos serviços públicos. A declaração do prefeito se insere nesse contexto de alerta contra desperdícios e distorções.

O que dizem os profissionais?

Médicos e enfermeiros relatam que situações semelhantes, embora raras, já aconteceram em outras cidades. Há empatia pelas pessoas envolvidas, mas os profissionais alertam que os postos de saúde não são espaços terapêuticos para objetos inanimados.

Internação involuntária é permitida por lei?

Sim, mas apenas em casos específicos. Segundo a Lei nº 10.216/2001, a internação involuntária só pode ocorrer mediante diagnóstico psiquiátrico e quando houver risco para o paciente ou terceiros. A Prefeitura pode encaminhar casos suspeitos para avaliação médica, mas não pode agir de forma arbitrária.

Perguntas Frequentes (FAQ)

  • É permitido procurar atendimento médico para um bebê reborn?
    Não. Bonecos não necessitam de atendimento médico e levar um para um posto pode configurar uso indevido do sistema público de saúde.
  • O que acontece com quem fizer isso?
    A depender da situação, pode haver encaminhamento para atendimento psicológico ou até solicitação de avaliação psiquiátrica.
  • Por que o prefeito reagiu assim?
    Segundo ele, o objetivo é proteger os recursos públicos e preservar o atendimento real às pessoas que
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