5 dicas para quem quer começar a investir na Bolsa de Valores

Em meio ao crescimento do interesse por ativos em renda variável, investidores iniciantes devem estar atentos a alguns cuidados

Os investimentos em renda variável, como ações e fundos imobiliários, têm atraído cada vez mais o interesse dos brasileiros. Segundo informações da B3, o primeiro semestre de 2021 encerrou com 3,2 milhões de investidores pessoa física cadastrados na Bolsa de Valores brasileira. O número representa aumento de 45% em comparação com 2019, quando o total era de 2,2 milhões.

O interesse pode ser justificado pela redução da taxa de juros Selic, que encerrou o ano passado em 2%. Isso impactou diretamente o rendimento de aplicações em renda fixa muito populares no país, como o Tesouro Selic, o Certificado de Depósito Bancário (CDI) e outros títulos atrelados à taxa. Além disso, quem tinha dinheiro guardado na Caderneta de Poupança passou a observar a desvalorização do patrimônio.

Mesmo com a alta gradativa da Selic, fixada em 5,25% no mês de agosto pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a possibilidade de lucrar mais com os ativos de renda variável ainda desperta o interesse dos brasileiros. No entanto, especialistas financeiros alertam que os iniciantes devem tomar cuidados. Embora possam ser mais rentáveis, esses investimentos também são mais arriscados.

O mercado financeiro, os educadores do ramo e a própria Bolsa de Valores elencam algumas orientações para quem quer ter sucesso nos investimento, mesmo sendo iniciante.

1) Estude sobre o mercado financeiro

Day trade, home broker, small caps, mercado futuro, blue chips e muitos outros termos são bastante usados nas operações da Bolsa de Valores. Compreender os significados de cada um deles, saber como funcionam as operações e buscar informações sobre os produtos é necessário para se familiarizar com esse ambiente de novas informações.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) recomenda que os novos investidores busquem fontes oficiais sobre o assunto, como livros, vídeos e sites de especialistas financeiros certificados. Gurus da internet sem certificação devem ser evitados.

2) Pesquise sobre a empresa antes de investir

De acordo com a B3, não pesquisar sobre as empresas é um dos erros mais comuns entre os investidores, o que pode causar muitos prejuízos. Comprar uma ação significa tornar-se acionista da companhia e, por isso, é preciso saber onde o dinheiro está sendo investido.

A orientação é que sejam pesquisadas informações sobre a governança, o crescimento, a lucratividade, o endividamento e os dividendos da empresa. Esses detalhes podem ser acessados em relatórios e balanços contábeis públicos.

3) Não aplique todo o seu dinheiro

Ter uma carteira diversificada de investimentos é uma das principais estratégias para diluir os riscos e, consequentemente, garantir maior proteção ao patrimônio. Por isso, a dica é não investir todo o dinheiro em apenas uma aplicação.

Para a diversificação, é aconselhável optar por produtos que não apresentem o mesmo comportamento diante de um fator de variação. Assim, caso haja a desvalorização de um ativo, a perda pode ser compensada com a valorização de outro.

4) Avalie o seu perfil de investidor

O autoconhecimento também é importante na hora de investir. De acordo com informações da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), saber qual é o perfil do investidor ajuda na definição sobre onde aplicar o dinheiro, pois permite avaliar a tolerância aos riscos.

Outra recomendação da Abefin é que os investidores iniciantes busquem o auxílio de especialistas para realizarem escolhas mais assertivas. A B3 concorda e alerta, ainda, sobre os “falsos especialistas”, destacando a importância de recorrer aos profissionais certificados na área.

5) Escolha uma corretora de confiança

As orientações da B3, Abefin e Anbima representam uma máxima entre os especialistas financeiros sobre a necessidade de ter uma instrução correta e de qualidade para começar a investir na Bolsa de Valores.

As operações são feitas pelo home broker, sistema pelo qual são dadas as ordens de compra e venda de ativos pela internet. Mas para ter acesso, o investidor deve ter uma conta em uma corretora de investimentos. Essa escolha também exige pesquisa e atenção. Por isso, é necessário avaliar as taxas de corretagem e o suporte oferecido pelas corretoras que atuam no mercado.

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