A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da fabricação, comercialização e distribuição de todos os lotes do produto conhecido como Metbala, uma goma de mascar supostamente afrodisíaca. O motivo: a presença do princípio ativo tadalafila na fórmula, substância usada no tratamento da disfunção erétil, sem qualquer registro sanitário junto ao órgão regulador.
Substância usada em remédios é encontrada em bala
De acordo com a Anvisa, o Metbala era vendido irregularmente com a promessa de melhorar o desempenho sexual. No entanto, o produto continha tadalafila, um fármaco de uso controlado, cuja comercialização exige prescrição médica e registro junto à agência reguladora. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e tem validade imediata em todo o território nacional.
O que é a tadalafila?
A tadalafila é um medicamento indicado para o tratamento da disfunção erétil. Seu mecanismo de ação está ligado ao aumento do fluxo sanguíneo no pênis durante a excitação sexual, facilitando a ereção. O composto também é utilizado em casos de hiperplasia prostática benigna e hipertensão arterial pulmonar.
Disponível em comprimidos de diferentes dosagens, como 5 mg (uso diário) e 20 mg (uso sob demanda), a substância deve ser utilizada exclusivamente sob orientação médica, devido aos possíveis efeitos colaterais e contraindicações.
Produtos irregulares oferecem sérios riscos
A venda de produtos como o Metbala, que contêm princípios ativos sem controle ou autorização, representa riscos à saúde pública. Entre os perigos estão a dosagem inadequada, contaminação por substâncias tóxicas, reações adversas desconhecidas e interações com outros medicamentos em uso pelo consumidor.
A Anvisa reforça que, sem o devido registro, não há garantias de qualidade, segurança ou eficácia. Além disso, o uso indiscriminado de tadalafila, sem acompanhamento médico, pode causar sérios problemas de saúde, incluindo quedas bruscas de pressão arterial, dores no peito e complicações cardiovasculares.
Alerta contra a automedicação
O caso serve de alerta para o consumo de medicamentos e suplementos vendidos como “naturais” ou “milagrosos”, mas que escondem substâncias farmacológicas em sua composição. O uso da tadalafila no tratamento da disfunção erétil deve ser sempre supervisionado por um profissional da saúde.
A Anvisa recomenda que os consumidores desconfiem de promessas de efeitos imediatos ou produtos vendidos sem receita, especialmente em ambientes como redes sociais, sites não autorizados ou comércios informais.