Mercado de trabalho aquece após desemprego na pandemia


Você perdeu seu emprego durante a pandemia dos últimos dois anos? Se sim, você faz parte de milhares de brasileiros, se não, você certamente teve amigos ou familiares que não tiveram a mesma sorte que você.

O Cadastro Positivo sofreu um baque durante a pandemia e seu funcionamento para novos inscritos foi proibido em votação no Senado. Essa proibição teria duração por todo o tempo que o decreto de estado de calamidade pública estivesse em vigor.

Números do desemprego na pandemia

A taxa média de desocupação em 2020 bateu recorde em 20 estados do país, acompanhando a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% no primeiro trimestre, segundo o PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua)

Vale destacar que a pandemia e o elevado índice de desemprego foi visto de maneira desigual entre as diferentes regiões do Brasil. Com as mais afetadas sendo em regiões do nordeste brasileiro.

Em 2020, os maiores números de desocupação ficaram com Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).

Desemprego entre diferentes grupos

Como de costume no mercado de trabalho, mulheres enfrentam dificuldades ainda maiores para obter melhores condições. Com isso, o número de mulheres desempregadas em decorrência da pandemia foi significativamente superior ao de homens.

O percentual foi de 11,9% entre os homens e 16,4% entre as mulheres no último trimestre de 2020. Com um percentual de quase 5% superior, mulheres viram sua renda familiar cair verticalmente e enfrentaram problemas no dia a dia de uma pandemia.

Já entre as pessoas pretas, a taxa foi de 17,2%, enquanto a dos pardos ficou com 15,8%, ambas acima da média nacional (13,9%). Já a taxa dos brancos (11,5%) ficou abaixo da média.

Desemprego pós-pandemia

Após dois anos de muita dificuldade, brasileiros enfim podem ver o mercado de trabalho aquecendo novamente. Os números de desocupação vem caindo mês após mês e cada vez mais os brasileiros podem novamente estabilizar sua vida financeira. 

Segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o primeiro mês de 2022 registrou um total de 94,1 milhões de empregados no Brasil, indicando uma melhora no quadro de desemprego no país.

Em janeiro de 2020, ainda antes da pandemia, esse número era de 94,5 milhões de brasileiros no mercado. Em comparação com janeiro de 2021, o atual cenário representa alta de 8,1% no número de trabalhadores ocupados.

Segundo o Ipea, esse aumento foi o principal incentivador da queda de 3,3 pontos percentuais na taxa de desocupação. O índice saiu de 14,7% em janeiro de 2021 para 11,4% para o mesmo período deste ano.

Desemprego no Brasil em 2022


Após dois anos de muita incerteza, apesar de momentos turbulentos com as eleições deste ano, o mercado de trabalho se mostra em crescimento, segundo dados da PNAD Contínua. O ano de 2022 está sendo positivo até então na diminuição do número de desempregados.

Segundo dados da pesquisa, a taxa de desocupação recuou de 9,1% para 8,9% no trimestre que se encerrou em agosto, atualmente o Brasil soma 9,7 milhões de pessoas desempregadas.

O nível de ocupação atingiu o número de 57,1%, alta de 3,7 pontos percentuais em relação ao ano passado. Portanto, esse índice é o mais alto no Brasil desde de 2015. Com isso, fica evidente o aquecimento no mercado de trabalho.

Números de trabalhadores informais cresce

Com as dificuldades no mercado de trabalho durante a pandemia, os brasileiros tiveram que buscar saídas para manter ao menos alguma renda familiar. Com isso, os números de trabalhos informais aumentaram substancialmente no país, segundo a PNAD.

O Brasil terminou o segundo semestre de 2022 com a marca de 39,2 milhões de pessoas atuando em empregos informais. No comparativo com o mesmo espaço de tempo de 2021, ocorreu uma alta de 10,1% no número de trabalhos sem registro profissional.

O IBGE considera um profissional informal aquele empregado no setor privado sem carteira assinada, o doméstico sem carteira assinada e o que atua por conta própria ou como empregador sem CNPJ.

Brasil e o mundo 

O Brasil registrou a maior queda de desemprego em um ano entre 40 países, segundo dados da agência Austin Rating. O percentual diminuiu de 13,1%, em agosto de 2021, para 8,9%, no mesmo período deste ano, uma redução de 4,2 pontos percentuais. 

O índice brasileiro ficou com a taxa de desemprego maior que os seguintes países:

  • Alemanha - 3%

  • Austrália - 3,5% 

  • Áustria - 5,2%

  • Bélgica - 5,8%

4 Carreiras que estão em alta

1 -  Profissionais da Saúde

Saúde é uma área imune a crises. Ainda mais após a pandemia, o mercado na área de saúde alavancou bastante e profissionais de diversas áreas vêm conseguindo crescer profissionalmente. 

Área de atuação e formação: Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Psicologia e Enfermagem.

2 - Planejamento e Gestão Financeira

Com o aumento da crise econômica no país, o profissional de gestão financeira tem a responsabilidade de manter a saúde financeira de instituições públicas e privadas para que possam atravessar o momento sem grandes perdas.

Área de atuação e formação: Economia, Ciências Contábeis, Administração, Gestão Financeira.

3 - Marketing

Com o aumento das redes sociais e avanços tecnológicos que favorecem vendas e comunicação por diferentes mídias, o profissional de comunicação vem tendo bastante amplitude no mercado de trabalho.

Área de atuação e formação: Marketing , Comunicação Social.

4 - Tecnologia da Informação

Com o aumento dos trabalhos remotos e aumento de usuários de internet, essa é uma carreira em franca ascensão. Além de bons salários, é uma carreira com alta empregabilidade e carência de profissionais qualificados.

Formação necessária: Engenharia de Computação, Ciências da Computação, Gestão da Tecnologia da Informação, Redes de Computadores, Bancos de Dados, Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

Conclusão

Após um período de dois anos de declínio, o mercado de trabalho brasileiro está em rota de crescimento novamente. O aquecimento deste setor favorece o crescimento econômico do país e beneficia a rotina de todos os brasileiros. 




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