Argentinos vão às urnas neste domingo para escolher novo presidente

O ultraliberal Javier Milei e o ministro da economia peronista Sergio Massa se enfrentam no segundo turno

No próximo domingo (19/11), a Argentina testemunhará um confronto entre o candidato ultraliberal Javier Milei, representante do partido Liberdade Avança, e o ministro da economia peronista, Sergio Massa, do União pela Pátria, no segundo turno das eleições presidenciais.


Apesar dos desafios econômicos, incluindo a inflação e a crescente influência da ultradireita, os argentinos enfrentam a decisão crucial de exercer o "contra-voto".


A disputa está acirrada, conforme indicam pesquisas eleitorais. Segundo a Atlas Intel, Milei lidera com 52,1%, enquanto Massa registra 47,9%. Já o levantamento da Celag mostra Massa à frente com 50,8% contra 49,2% de Milei. No primeiro turno, o candidato peronista obteve 36,68% dos votos válidos, enquanto o ultraliberal ficou com 29,98%.


Cenário econômico e eleitoral na Argentina


De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) argentino, a inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 142,7% em outubro. O índice de preços ao consumidor, com destaque para os setores de comunicação (12,6%) e vestuários e calçados (11%), alcançou 8,3% no mesmo mês. A recente desaceleração, em comparação com os índices de agosto (12,4%) e setembro (12,7%), oferece um alívio.


Apesar da conjuntura econômica desafiadora, alguns analistas apontam que a economia não é o único fator determinante nesta eleição. A crise de distribuição de gasolina no país afeta o governo, mas, surpreendentemente, Massa conseguiu confrontar Milei durante o último debate, sugerindo que outros elementos também desempenham um papel significativo na decisão do eleitor argentino.

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