Dória é o elo fraco da corrente, diz Dante Mantovani

O maestro Dante Mantovani é uma reedição do Homem Renascentista, unindo estudos, empreendimentos e realizações.

Dante Mantovani e o presidente Jair Bolsonaro

Por Eduardo Negrão

De dentro do Governo Federal, com passagens pelo Ministério da Cidadania e do Turismo, foi como presidente da FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) nos 2 primeiros anos da gestão do presidente Bolsonaro, que ganhou visibilidade nacional.

Implementou projetos como SINOS – Sistema Nacional de Orquestras Sociais, Programa Nacional de Apoio à Ópera, Programa de Valorização do Artista em início de Carreira, Programa de Integração do turismo histórico a circuitos culturais, restauração, reforma e modernização de diversos espaços culturais em todo Brasil, integração da TV Escola à FUNARTE, dentre muitos outros projetos e ações que a grande mídia fez questão de ocultar.

Seu plano de gestão da Política Cultural [1] era focado na restauração da Cultura Nacional, bem como no ensino e democratização dos grandes pilares da Arte Universal para todo território Nacional, em suas múltiplas manifestações, tais como Música, Artes Plásticas, Teatro, Artes integradas, fotografia, memória da Arte Brasileira, TV e radiodifusão.

Passado o furacão, de volta a sua rotina de empresário na área de hotelaria e produção cultural, nosso personagem de hoje possui sólida carreira acadêmica, incluindo livros publicados no Brasil e na Europa, um mestrado e um Doutorado pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), cursos de especialização em Regência Orquestral na Europa e diversos títulos honoríficos, como o de Comendador da Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes; Mantovani falou com nossa reportagem.

Dante reside na aprazível cidade de Paraguaçu Paulista no oeste do estado. Começamos falando sobre o atentado contra o monumento ao bandeirante Borba Gato, no dia 24 de junho, ‘o ataque à estátua é um exemplo perfeito do modus operandi revolucionário – com um misto de ódio, violência e ignorância procuram apagar o passado a fim de inventar algo novo “do zero” – só esse “novo” dos revolucionários consiste sempre em mais violência e destruição.

Apagar ou distorcer o passado é a essência das propostas da esquerda para a Arte e para a Cultura em geral. Ao invés de valorizar as grandes conquistas culturais da humanidade preferem destruir tudo e reinventar a roda constantemente, numa apologia pueril e esquizofrênica do primitivismo que chamam de naif com ares de superioridade, tal como crianças de 5 anos que dizem saber tudo sobre a vida.

Veja-se o caso de Borba Gato, herói paulista que expandiu as fronteiras do Brasil graças ao seu tino empreendedor: ele se relacionava muito bem com os indígenas – não fazia o papel do opressor como a esquerda gosta de rotular todos que discordam dela –ou seja, ele e outros bandeirantes são a alma matter dos paulistas: desbravadores, empreendedores e extremamente corajosos. Foi dessa forja que nasceu o espírito paulista que nos transformou na locomotiva deste país.’

Ele também ressalta que é intrínseco à esquerda distorcer a imagem de quem se opõe a seus planos totalitários, através de diversas técnicas, como a desinformação e o assassinato de reputações.

Mantovani, aliás, foi uma das maiores vítimas dessas tentativas de assassinato de reputações que a esquerda promove constantemente – durante semanas foi bombardeado por toda a grande mídia com uma tentativa de transformá-lo numa espécie de inimigo público número um por causa de um comentário feito em uma aula aberta de música sobre o Rock enquanto gênero musical: tentaram apagar todo o passado, todas as conquistas acadêmicas, todas as realizações culturais, todos projetos realizados como gestor, com base em um comentário de um livro, tirado de contexto e reproduzido em esfera nacional.

“Essa máquina de distorção da realidade e de enganação da opinião pública precisa começar a ser responsabilizada por seus atos criminosos”, destaca nosso entrevistado.

 

Doria decepcionou os paulistas

 

Falando sobre São Paulo, Mantovani, acredita que o governador João Dória é o ‘elo mais fraco da corrente tucana’ que acorrenta o estado de S.P. há sete eleições consecutivas. “Dória usou a força do estado para atacar seu próprio povo, escorado no suposto combate à pandemia, impôs uma quarentena desnecessária que levou a falência mais de 28 mil empresas só no setor de bares e restaurantes.  Não é à toa que ele se esquiva de tentar a reeleição ao governo, mesmo sabendo que não tem chances para presidente – sua candidatura à presidência é um recuo estratégico para evitar uma derrota humilhante ao Palácio dos Bandeirantes que se anuncia”.

Questionado sobre uma eventual candidatura, ele afirmou que no momento está empenhado em viabilizar a candidatura do ex-ministro da educação Abraham Weintraub ao governo de São Paulo. “Precisamos de um conservador corajoso à frente do estado, que se coloque verdadeiramente ao lado do povo paulista, pois depois de 30 anos comandando o estado mais rico do país, o único legado do PSDB são os pedágios, perseguição a pequenos empresários e uma das maiores cargas tributárias do mundo”, conclui o maestro.

Eduardo Negrão é jornalista e escritor

Instagram: prof.eduardonegrao


[1] A FUNARTE é o órgão governamental responsável pela elaboração e execução da Política Cultural do Brasil

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